Após o escândalo das fraudes relacionadas aos descontos indevidos de associações e sindicatos nos benefícios do INSS, aposentados e pensionistas começaram a relatar a descoberta de débitos não autorizados associados a seguradoras e clubes de benefícios. Diferentemente das fraudes anteriores, esses descontos não ocorrem na folha de pagamento do INSS, mas sim quando o pagamento é creditado na conta bancária dos segurados. As denúncias têm gerado ações judiciais, com dados do CNJ apontando que três empresas envolvidas possuem mais de 45 mil processos pendentes.
A aposentada Selma Lisboa, de 71 anos, é uma das vítimas desses descontos, que começaram a ocorrer em sua conta do Bradesco em 2023. Ela teve débitos automáticos de R$ 69,90 mensais relacionados à empresa Eagle Sociedade de Crédito Direto, além de outros descontos não reconhecidos. Outro relato vem de Vera, também de 71 anos, que encontrou valores não autorizados em sua aposentadoria, totalizando mais de R$ 1.200, e enfrentou dificuldades em reaver o montante. Vítimas como Silvio Fortunato e Jefferson Aires também mencionam experiências semelhantes de descontos indevidos, revelando um padrão preocupante de cobranças não autorizadas.
As empresas envolvidas negam irregularidades e afirmam que operam dentro das normas do Banco Central. O INSS declarou que não tem controle sobre movimentações nas contas dos segurados, e a Susep está investigando as denúncias. Apesar das reclamações registradas em plataformas como o Reclame Aqui, as instituições financeiras e seguradoras têm se manifestado, destacando que seguem as diretrizes estabelecidas e que os consumidores devem buscar soluções diretamente com as empresas responsáveis. Em casos de cobranças indevidas, é recomendado que os consumidores contatem as seguradoras e, se necessário, acionem órgãos de defesa do consumidor.
Fonte: JR
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