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O cantor Marlon Brendon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi solto nesta terça-feira (3) após cinco dias de prisão, beneficiado por um habeas corpus que impôs medidas cautelares. Ele estava detido no presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó, desde sua prisão em 29 de maio, realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro, sob acusação de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas, especificamente relacionado à facção Comando Vermelho.
A soltura de Poze gerou uma grande aglomeração de fãs em frente ao presídio, o que resultou em confusão e a intervenção da polícia, que utilizou spray de pimenta para controlar a situação. Após sua liberação, o cantor celebrou subindo em um carro e interagindo com a multidão.
O habeas corpus concedido determinou que o cantor cumpra várias medidas, incluindo comparecimento mensal ao juízo, proibição de se ausentar da comarca, entrega do passaporte e restrições de comunicação com pessoas investigadas. As investigações apontam que Poze é acusado de realizar shows em áreas dominadas pelo tráfico, onde sua música faz apologia ao crime e incita a violência.
O advogado de Poze, Fernando Henrique Cardoso, defendeu o artista, afirmando que há uma narrativa de perseguição a determinados gêneros musicais, comparando a situação atual a como o samba foi criminalizado no passado. Poze, ao entrar no sistema penitenciário, declarou ligação com o Comando Vermelho, o que levou à sua transferência para uma unidade que abriga membros da facção.
A polícia continua investigando outros envolvidos nas atividades criminosas associadas a Poze, ressaltando a preocupação com a glorificação do tráfico nas letras de suas músicas e a utilização de seus shows para financiar atividades ilícitas.
Fonte: G1
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