MP aponta R$ 11 milhões em superfaturamento na compra de lousas digitais e pede o bloqueio de bens do prefeito de Sorocaba e do ex-secretário.


O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) ajuizou uma ação judicial contra a Prefeitura de Sorocaba, denunciando um suposto superfaturamento de mais de R$ 11 milhões na aquisição de lousas digitais. A promotora Cristina Palma pediu o bloqueio de bens do prefeito Rodrigo Manga e do ex-secretário de Educação, Márcio Carrara, além do afastamento deste último do cargo que ocupa atualmente. A compra, realizada em 2021, envolveu um contrato de R$ 46 milhões com a empresa Educateca Serviços Educacionais, dos quais R$ 44 milhões já foram pagos.

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), cada unidade das lousas digitais custou R$ 26 mil em Sorocaba, enquanto a Prefeitura de Indaiatuba adquiriu o mesmo produto por R$ 16,7 mil. O TCE apontou uma "potencial incompatibilidade do preço praticado com o mercado", destacando que a diferença de valores resultaria em um prejuízo estimado de mais de R$ 11 milhões para as finanças públicas. A ação civil pública do MP busca garantir que os envolvidos não dilapidem bens, considerando a gravidade das acusações.

A situação é agravada pela repetição de erros e semelhanças nas licitações de Sorocaba e outras cidades, levantando suspeitas sobre a transparência do processo. Apesar das alegações, tanto a Prefeitura quanto a Educateca negam qualquer irregularidade, afirmando seguir os trâmites legais. As solicitações do MP ainda aguardam análise judicial, enquanto os citados não se manifestaram formalmente sobre as acusações.

Fonte: G1

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