Os Correios divulgaram um plano estratégico para enfrentar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado em 2024, incluindo medidas como redução de jornada de trabalho, suspensão temporária de férias e revisão de custos. Com o objetivo de economizar R$ 1,5 bilhão em 2025, a iniciativa prevê cortes de cerca de 20% no orçamento, incentivo à transferência voluntária de funcionários e a retomada do trabalho presencial a partir de junho. A empresa também planeja lançar um marketplace próprio e captar recursos de R$ 3,8 bilhões junto ao New Development Bank para investimentos internos.
A estatal justificou o prejuízo com a queda das receitas de encomendas internacionais, além do aumento de despesas, especialmente com custos operacionais e reajustes salariais decorrentes de acordos coletivos. Em 2024, os custos aumentaram R$ 716 milhões, atingindo R$ 15,9 bilhões, sendo a maior despesa com pessoal, que passou de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões, elevando o déficit para um nível jamais registrado desde 2016. Apesar do prejuízo, a empresa investiu R$ 830 milhões em renovação de frota, aquisição de veículos elétricos e melhorias na infraestrutura.
Outro problema enfrentado pelos Correios é a redução drástica de liquidez financeira, que utilizou R$ 2,9 bilhões de seu caixa em 2024, deixando apenas R$ 249 milhões disponíveis. Essa escassez de recursos tem atrasado pagamentos a transportadoras, levando à paralisação ou lentidão nas entregas de encomendas, além de atrasar repasses às agências conveniadas. A situação financeira delicada reforça o desafio de reequilibrar as contas da estatal, que busca estratégias de sustentabilidade e modernização para garantir o acesso universal aos serviços postais no país.
Fonte: G1
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