Nascido em Itupeva e abandonado pelos pais, Tiago foi para Europa e se tornou um dos maiores nomes do boxe - A Voz da Região

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Nascido em Itupeva e abandonado pelos pais, Tiago foi para Europa e se tornou um dos maiores nomes do boxe

Tiago Pugno, hoje com 30 anos, tem uma história de superação que poderia até virar filme. Nascido em Itupeva, em 1992, ele foi abandonado pelos pais e acabou sendo adotado por uma família suíça, país para o qual se mudou com apenas cinco anos de idade. Um caminho difícil para um menino sul-americano, mas que se adaptou bem à sua nova vida. Em 2011 ingressou no Boxing Club Riazzino, sendo seguido pelo famoso técnico Giovanni Laus. O início animador abriu-lhe as portas para a seleção nacional, então dirigida por Michael Sommer e a aproximação ao BC Frekendorf (Basel-Country), antes da chegada dos atuais dirigentes Federico Beresini e Christina Nigg. Integrante da seleção nacional da Seleção Suíça de Boxe, Pugno já participou de inúmeros torneios internacionais (na Itália, Hungria, França, Alemanha, Polônia, Bulgária, Holanda e Eslováquia), nos quais sempre causou boa impressão, com uma carreira com 62 disputas (29 vitórias, 28 derrotas e 3 nulos).
Pugno foi considerado um excelente lutador, por vezes espetacular, rápido e de grande mobilidade. Um atacante formidável, graças aos seus ganchos, que lhe permitiram comemorar sucessos a nível nacional em 2017 contra o valaisiano Julien Baillifard, em 2018 contra o outro valaisiano Gabriel Tomas e novamente em 2017 contra o Vaud Arber Ibrishi, campeão suíço daquele ano e hora profissional. No final de novembro, porém, uma decisão polêmica infelizmente o privou de um novo título nacional de elite, derrotado em Carouge por Moreno Jüni, de Berna, por 4 a 1 nos pontos. Inspirado pela excelente estreia do bernês Angelo Pena (6-0-0) que o havia dominado na final do Campeonato Suíço de 2019 em Martigny por 5-0, agora Pugno espera encontrar o apoio financeiro que lhe permita começar com força nesta segunda parte de sua carreira, em que decidiu seguir como boxeador profissional. O desafio é ousado e corajoso, considerando a frieza dos patrocinadores, principalmente na Suíça nos dias de hoje.

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