Mês da Consciência Negra: conheça empreendedores que venceram o preconceito e realizaram o sonho de abrir o próprio negócio em Jundiaí - A Voz da Região

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domingo, 27 de novembro de 2022

Mês da Consciência Negra: conheça empreendedores que venceram o preconceito e realizaram o sonho de abrir o próprio negócio em Jundiaí




Segundo matéria do G1 estamos no Mês da Consciência Negra, uma data que simboliza a resistência e o orgulho da pele preta. Por isso, conheça alguns negros da região de Jundiaí (SP) que, mesmo com todos os obstáculos, realizaram o sonho de empreender.

Uma pesquisa do Sebrae, em parceira com a Fundação Getúlio Vargas, mostrou que 51% dos empreendedores do Brasil são negros. O levantamento também apontou que pessoas negras têm mais dificuldades em conseguir crédito de empréstimos e foram as que mais sofreram financeiramente durante a pandemia.

Durante muitos anos, Kátia Teófilo fez tratamentos para alisar os cabelos. Quando a filha nasceu, ela assumiu o crespo para ensinar sobre a importância da valorização da beleza afro.

A atitude foi o ponto de virada na carreira dela. De funcionária pública, passou a trabalhar como cabeleireira especializada em cachos e crespos. Pelo caminho, encontrou muitos desafios, principalmente pela cor da pele.

"Primeiro lugar é esse pensamento 'não vai ser fácil', mas eu preciso me capacitar para tornar isso possível. Muitas vezes as pessoas nem vão atrás de se capacitar, porque acham que não vai ser possível. Então, a gente precisa se capacitar, isso é fundamental. Quando a gente tem conhecimento da causa, aquilo que a gente vai fazer, metade do caminho já está andado", conta.

Hoje, Kátia tem cerca de 20 funcionários, entre diretos e indiretos. Ela tem um salão em uma área nobre de Jundiaí e lançou uma linha de produtos para o cabelo com a marca própria.

O empreendedor Sidnei Miguel é consultor de telecomunicações e foi um dos empreendedores que precisou se adaptar no período da pandemia. Hoje, com 17 anos de carreira, fez mudanças na empresa para atender à demanda de clientes, que vem aumentando ainda mais.

"A gente começou como uma representante fixa de uma operadora de telefonia e, com a demanda do mercado, a gente passou a ser uma consultoria em telefonia. Então, a gente passou a trabalhar com a necessidade do cliente em telecomunicação", explica.

Silvia Marcelino criou um coletivo de artesãs em Jundiaí chamado "Preta Eu". Juntas, elas buscam incentivos financeiros para vender uma diversidade de produtos, como brincos, roupas e objetos de decoração. O principal é a boneca Abayomi. A palavra significa "o melhor de mim para você". Ela se aposentou como técnica de enfermagem e hoje vive da arte que produz.

"O 'Preta Eu' entra nesse momento para buscar e resgatar essa mulher, trazendo ela e mostrando que a arte dela também é, sim, para mostrar para o mundo, porque uma mulher bem alicerceada é uma mulher vitoriosa, ela consegue tudo", finaliza Silvia.

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