Em Jundiaí, ‘Carrasco’ preso após anos tratando a esposa como ‘animal’ - A Voz da Região

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quarta-feira, 20 de julho de 2022

Em Jundiaí, ‘Carrasco’ preso após anos tratando a esposa como ‘animal’

A Justiça irá decidir se torna réu em processo de tentativa de homicídio triplamente qualificado um morador de Jundiaí, de 50 anos, preso em flagrante neste fim de semana após ser denunciado pela esposa, que disse ser mantida em casa pelo acusado, há décadas, como um verdadeiro “animal”. São muitos os crimes atribuídos ao homem pela companheira. Entre eles, de torná-la uma “escrava sexual”, vítima de inúmeros espancamentos e tentativas de assassinato por esganadura. A última no dia 16 passado, quando decidiu que não aguentava mais viver naquela situação. Em chocante depoimento dado pela mulher, ela relatou ter perdido a visão de um olho por conta das constantes agressões, além de quase não mais enxergar do outro. Disse ainda que há anos foi obrigada a comer comida estragada, que seria guardada para apodrecer e, então, entregue pelo marido, que a forçava a se alimentar. Ela também afirmou ser aposentada por invalidez e que, com o dinheiro que recebe do INSS, o companheiro pagaria a aluguel e gastaria o restante com “amantes”. Com 57 anos, a mulher chegou a comer um pão com presunto oferecido por policiais civis da delegacia. Ela se emocionou com o gesto e garantiu que há anos não comia algo “fresco e saboroso”. O acusado foi preso por guardas municipais depois de chegar em casa e agredir a companheira. Ele, segundo a mulher, tentou enforcá-la, mas só não conseguiu desfalecê-la pela interferência do filho do casal, que decidiu que não mais deixaria o pai fazer isso com sua mãe. Ambos chegaram a se trancar em um quarto e dali conseguiram ligar para a GM, que mandou uma equipe ao local. Em frente do imóvel, o homem foi encontrado na calçada, com um ferimento na cabeça provocado pelo filho em defesa da mãe, e não reagiu à prisão após relato de tudo o que ele vinha fazendo com a esposa. Indagada sobre o motivo de não tê-lo denunciado antes, a mulher disse o mesmo que muitas vítimas de violência doméstica: temia que o cumprisse as promessas de assassiná-la caso o denunciasse. Ela também implorou para que o companheiro ficasse preso, já que, solto, iria matá-la. Após os depoimentos, o delegado responsável pela prisão decidiu autuar o homem por violência doméstica e tentativa de homicídio triplamente qualificado, além de indiciá-lo por estupro. Fonte: Imprensa Policial

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