Passagens aéreas devem ficar 10% mais caras com volta de despacho gratuito de bagagem - A Voz da Região

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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Passagens aéreas devem ficar 10% mais caras com volta de despacho gratuito de bagagem

Movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ao contrário do que se poderia imaginar, as ações das companhias aéreas tiveram alta no início da tarde de ontem, após os analistas de mercado digerirem o retorno do despacho gratuito de malas pela Câmara dos Deputados. Segundo uma fonte do setor, eles fizeram contas: a isenção resultará em aumento dos preços das passagens de maneira generalizada em uma melhoria da rentabilidade das empresas do setor. Em sua estimativa, a alta ficaria por volta de 10%, em média.

Hoje, se 30% dos passageiros levam bagagens, apenas essa parcela paga pelo peso a mais, que faz o avião consumir combustível extra. Caso o transporte de bagagens seja isento de tarifas, as aéreas farão um aumento médio generalizado, como se 40% ou 50% dos passageiros fossem levar suas malas. Na verdade, quem viaja sem peso, vai pagar o transporte da mala de outras pessoas, afirma a fonte. “Não há a menor chance de um setor que teve prejuízo de R$ 27 bilhões, nos últimos três anos, viveu uma pandemia e vive uma alta de combustíveis pela guerra, absorva qualquer tipo de custo extra”, diz.

Projeto é encarado como benefício e não penalização ao setor

Por isso, o projeto não vem sendo encarado como uma penalização ao setor – e sim como um benefício. Outro ganho às aéreas presentes no País é que a isenção das bagagens é um dos principais inibidores à entrada de concorrentes estrangeiros – especialmente as empresas low cost. Ou seja: o mercado permaneceria fechado aos mesmos participantes.

Caso o projeto passe pelo Senado, o Brasil se juntará aos três países no mundo que adotam a isenção de bagagens: Venezuela, Cuba e China. Para a fonte, o setor esperava a iniciativa, já que o ano eleitoral costuma trazer medidas populistas e sem sentido econômico.

(Fonte: Estadão Conteúdo/Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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