Estado de SP já registra 140% mais mortes por Covid-19 de pacientes infectados em janeiro do que em dezembro - A Voz da Região

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Estado de SP já registra 140% mais mortes por Covid-19 de pacientes infectados em janeiro do que em dezembro



Entre 1º e 22 de janeiro deste ano, pelo menos 886 pessoas começaram a sentir os primeiros sintomas de Covid-19 e acabaram morrendo da doença, segundo os dados atualizados até esta terça-feira (25) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-SP). Um levantamento feito pela produção da TV Globo mostra que esse número, mesmo antes do fim do mês, já é 140% mais alto do que no mês de dezembro, e 62% mais alto que em novembro.


Nesta terça, foram confirmadas 227 mortes novas, levando a média móvel para 131 mortes diárias, o maior patamar desde 4 de outubro.


Em nota, a SES-SP afirmou que "monitora o cenário de óbitos de COVID-19 e de todos os indicadores da doença, inclusive o de internações, que são atualizados em tempo real", e que "é importante salientar que todas as medidas de proteção devem ser mantidas por estes pacientes, como o uso obrigatório de máscaras, evitar aglomerações, higienização das mãos e evitar contato com pessoas com comorbidades até o décimo dia".


Os microdados divulgados diariamente pela SES-SP não revelam a data em que cada pessoa morreu, nem a data em que a morte foi confirmada no sistema. É possível que quem ficou doente em dezembro, por exemplo, tenha morrido também em janeiro.


A única data informada é o dia em que a pessoa relata ter começado a sentir sintomas da doença, que podem ser febre, dor de garganta, tosse, perda de olfato ou paladar, entre outros.


Segundo especialistas, essa data é importante porque é a mais próxima do momento da infecção pelo novo coronavírus.


Ela é usada para analisar como está a circulação do vírus em um determinado período, já que a evolução da doença depende de fatores como esquema vacinal e existência de comorbidades, entre outros, e o desfecho dos casos, ou seja, a mortalidade da doença, também pode ser afetada pelas condições do sistema de saúde onde o paciente for atendido ou pela demora em que ele buscou o atendimento.


A variante ômicron tem se mostrado mais leve em relação a outras cepas e variantes do novo coronavírus. No entanto, o fato de ser mais transmissível tem tido como consequência um aumento exponencial de novos casos e, com isso, o número absoluto de internações voltou a subir.


Alta de internações é seguida de alta de mortes

Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, explica que, em geral, os pacientes que desenvolvem quadros críticos de Covid-19 costumam morrer cerca de duas semanas após o início da doença. Ainda de acordo com ele, os dados de mortes do levantamento apontam que a alta de internações provocada pela disseminação da variante ômicron a partir de dezembro já está refletindo na alta de mortes.


“Isso [o efeito da ômicron] a gente tem visto em diversos estados, essa mesma assinatura, que muito provavelmente é justamente a ômicron se espalhando por todo o país”, explicou ele. “A virada de chave foi no final do ano passado. Em todos eles há um crescimento ao longo do mês de dezembro, tipicamente por volta da segunda quinzena", diz ele.


O pesquisador afirma que o surto de Influenza teve forte impacto no Estado de São Paulo no entre o fim de novembro e o início de dezembro, mas, desde então, a Covid-19 voltou a prevalecer entre os diagnósticos dos pacientes internados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).



Alta de internações é seguida de alta de mortes


Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, explica que, em geral, os pacientes que desenvolvem quadros críticos de Covid-19 costumam morrer cerca de duas semanas após o início da doença. Ainda de acordo com ele, os dados de mortes do levantamento apontam que a alta de internações provocada pela disseminação da variante ômicron a partir de dezembro já está refletindo na alta de mortes.


“Isso [o efeito da ômicron] a gente tem visto em diversos estados, essa mesma assinatura, que muito provavelmente é justamente a ômicron se espalhando por todo o país”, explicou ele. “A virada de chave foi no final do ano passado. Em todos eles há um crescimento ao longo do mês de dezembro, tipicamente por volta da segunda quinzena", diz ele.


O pesquisador afirma que o surto de Influenza teve forte impacto no Estado de São Paulo no entre o fim de novembro e o início de dezembro, mas, desde então, a Covid-19 voltou a prevalecer entre os diagnósticos dos pacientes internados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

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