Obra de saneamento próxima à Associação Mata Ciliar vira polêmica em Jundiaí - A Voz da Região

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quinta-feira, 4 de março de 2021

Obra de saneamento próxima à Associação Mata Ciliar vira polêmica em Jundiaí

Segundo informações do G1 uma obra de saneamento do (DAE) próxima à Associação Mata Ciliar está gerando polêmica em Jundiaí. De acordo com a ONG, a intervenção pode trazer muitos riscos para os animais que vivem no local.

A associação informou que várias árvores foram derrubadas para a implantação da rede de esgoto na região. Em um vídeo publicado nas redes sociais da entidade dá para ver os macacos em cima dos troncos que estão no chão.

Quando perceberam que a obra havia começado, os funcionários da ONG impediram a continuidade, porque, segundo eles, há riscos para a biodiversidade dos mais de 1.300 animais que vivem na associação.

A DAE informou que o objetivo das obras é levar rede de esgoto à região, inclusive para a Mata Ciliar, e que possui licenciamento ambiental para a obra. Disse também que a mata retirada será compensada.

Um abaixo-assinado foi feito pela associação para que as obras sejam suspensas. "Os animais que estão em cativeiro, pelo estresse da entrada de máquina, muita gente, derrubada de árvores, vão sofrer um estresse tamanho", completa Cristina.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que a DAE possui autorização para a obra com base na legislação ambiental vigente. Como compensação ambiental a essa área desmatada, o departamento destinou uma área de quase 27 mil metros quadrados na Serra do Japi, que será preservada.

A Cetesb disse também que, para a concessão da autorização, foram feitas inspeções e análise dos aspectos da fauna, concluindo que o impacto da obra seria baixo, permitindo a manutenção da fauna já adaptada.

"Nós alertamos a DAE em relação a esses animais que se encontram em cativeiro, em processo de reabilitação. São recintos que foram planejados para isso, e alertamos também que vivem em vida livre, mas, infelizmente, não fomos ouvidos", lamenta a coordenadora da Mata Ciliar, Cristina Harumi.

Fonte: G1.

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